19 de setembro de 2014

Décimas a António Gonçalves Correia

por António Pereira

Ele levava a Liberdade               
A todo o lugar que ia.
A toda a gente que via
Dizia em sinceridade
Da sua ideia, a bondade.
Em qualquer lado que estava
Esse sonho que levava,
Nascido do coração
Quase como uma oração,
A todos ele o contava.

O Gonçalves Correia andou
De caixeiro-viajante
Quem o viu até garante
Que alguma coisa ficou.
Que se ele tanto adubou
O seu sonho vai crescer
E vai outra vez viver
Logo que chegue seu tempo,
É só esperar o momento,
Da semente florescer.

Incansável lutador                               
No seu Alentejo viveu
Com todos ele conviveu
Levantando seu clamor
Sempre c’ um mesmo fervor
A todos os trabalhadores
Falava dos seus amores
Liberdade, Revolução
Paz com comunhão
De iguais, sem mandadores.

Nem passarinhos, queria presos
Abria gaiolas nas feiras
Soltava-os como bandeiras
Lutava p’los indefesos
Deixava todos surpresos
Com as coisas que fazia.
Sempre que ele aparecia
A liberdade trazendo
Seu ideal defendendo
A opressão estremecia.

Hoje tem nome na rua   
No Alentejo é lembrado
Um pouco por todo o lado
Sua bandeira flutua
Negra, de noite com Lua
Nada pode a opressão
Contra livre coração.
Gonçalves Correia via
P’ra onde o futuro corria
Deixou-nos essa lição.



[poema enviado por e-mail pelo próprio autor, a quem desde já endereçamos o nosso agradecimento]

14 de fevereiro de 2014

"Lembranças avulsas de Gonçalves Correia e do seu filho Ferrer"

"Evoco este homem generoso, sonhador impenitente, romântico, retórico talvez (no melhor dos sentidos), e de apostólicas barbas, verbo fácil — e ressuscito uma fase do tempo que vivi em Beja, para onde sonhos infantis me levaram no fim de Abril de 36, poucos dias antes de completar treze anos…, vai já para incríveis oitenta."

(texto completo aqui)

27 de dezembro de 2013

Terra Vermelha

Foi por mero acaso que hoje encontrei na venda de livros da Estação do Oriente este "Terra Vermelha" (2008), volume que junta reportagens do jornalista Paulo Barriga publicadas há anos atrás na Visão, n'O Independente e noutras partes. O primeiro capítulo, "O vale era vermelho", refere-se à Comuna da Luz e a António Gonçalves Correia, meu querido antepassado, pai da minha bisavó Liberdade. O texto pouco ou nada acrescenta a outros (anterior e posteriormente) publicados e por isso é uma compra mais emocional do que racional. Custa 3,00€ e ainda lá ficou uma pilha deles.


27 de setembro de 2013

Ciclo de Cinema Libertário em Lisboa

PROGRAMA

Dia 4 de outubro/ às 18H00
Filme: “o pão nosso” (1984/80 minutos) – documentário: “A tomada” (2004/87minutos)

Dia 11 de outubro/ às 18H00
Filme: “a patagónia rebelde” (1974/ 107minutos) – documentário: “Viver a utopia” (1997/95 minutos)

Dia 18 de outubro/ às 18H00
Filme: “sacco e vanzetti” (1971/120 minutos) – documentário: “Terra sem pão” (1932/27 minutos)

Dia 25 de outubro/ às 18H00
Filme: “terra e liberdade” (1994/109 minutos) – documentário: “Fasinpat – fábrica sem patrões” (2004/63:30 minutos)

Dia 6 de novembro/ às 18H00
Filme: “la cecília” (1975/113 minutos) – documentário: “A Tornallom” (2006/40 minutos)

ENTRADA LIVRE.

Parceria:
TERTÚLIA LIBERDADE: tertulia.liberdade@gmail.com
na Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella

20 de junho de 2013

Gonçalves Correia, no 25 de Abril de 2013

No passado dia 19 de Abril, Ana Nicolau falou durante um jantar de celebração da Liberdade e nele falou do seu bisavô, António Gonçalves Correia.

A intervenção ficou registada em vídeo. Aqui fica:


14 de junho de 2013

Exposição chega a Aljustrel

A exposição "António Gonçalves Correia, a utopia de um cidadão" chegou a Aljustrel, onde estará patente até ao próximo dia 28. Mais sobre o assunto aqui, no blogue da revista Alambique.